Com receio de sofrer punições da Justiça Eleitoral, o PT desistiu de lançar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2018 no mês que vem. Petistas defendiam que o ex-presidente deveria sentar para depor diante do juiz Sergio Moro no próximo dia 3 de maio, no processo sobre o tríplex do Guarujá na Operação Lava Jato, já na condição de pré-candidato. O lançamento deve acontecer entre o fim do ano e o início de 2018. O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a oficialização da candidatura de Lula ficará para um “momento mais oportuno”.
“Achei que é desnecessário fazer qualquer tipo de lançamento”, afirmou Falcão, nesta sexta-feira (24).
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Leia a matéria completaDe acordo com o presidente do PT, o partido pretende buscar apoio à candidatura de outras forças políticas, o que o lançamento antecipado da candidatura poderia inibir. Mas o principal receio é que Lula sofra com multas.
“Dentro da perseguição sistemática que ele é vítima, nós não queremos dar pretexto a nenhum tipo de acusação forjada de que ele está se antecipando à campanha eleitoral e a partir daí sofrer multas”, disse o presidente do PT.
Na avaliação de aliados, a candidatura serviria para inibir o magistrado e ajudaria a mobilizar militantes em um ato na frente do prédio da Justiça Federal. A condição de candidato também reforçaria a estratégia de que Lula é alvo de uma perseguição política porque pretende voltar ao poder.
Durante seminário nesta sexta-feira promovido pelo PT em São Paulo contra a Lava Jato, Lula disse que está sendo acusado de antecipar a campanha de 2018.
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“Agora vai começar um outro processo contra mim porque dizem que estou num processo de antecipação de campanha e tenho que ter a candidatura vetada”, disse ele.
Lula afirmou que está sendo acusado de ter feito campanha ao participar de uma inauguração simbólica da transposição do rio São Francisco, no último domingo na Paraíba, e ao discursar em ato contra a reforma da Previdência, na Avenida Paulista, no dia 15 de março.
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