O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem, depois de participar do jantar de fim de ano da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, que o futuro presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, era desde março o nome dele para sucedê-lo no cargo, caso deixasse o governo com o objetivo de se candidatar a uma função eletiva este ano.

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"Para mim, era o mais preparado e o melhor nome para a missão", disse a um pequeno grupo de jornalistas. Descontraído, Meirelles ressaltou que gostou muito de trabalhar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ser perguntado se voltaria a auxiliar Lula, caso este se candidate em 2014 ou em 2018, ele sorriu e nada respondeu.

Meirelles narrou o que ocorreu em Frankfurt, na Alemanha, quando algumas versões indicavam que teria cobrado da presidente eleita Dilma Rousseff a garantia de autonomia para permanecer no BC em 2011. "Desde 2003, quando assumi o BC, já tinha expressado que assumiria o BC com autonomia. Portanto, não há nada de novo nisso. Essa é uma posição já do passado."

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O presidente do BC afirmou que foi o único político do Brasil que, em 2002, renunciou a um mandato eleitoral (foi escolhido deputado pelo PSDB de Goiás) para assumir um posto na administração federal. "Mas fiz isso com plena consciência. O convite para presidir o BC era muito honroso e decidi aceitá-lo rapidamente."

Meirelles disse ainda que "sempre é bom ter mais informação" sobre a possibilidade de o Ministério da Fazenda criar um índice de inflação que exclua preços mais voláteis, como os relativos a alimentos e energia. O presidente da instituição referiu-se à ideia do ministro da Fazenda, Guido Mantega, manifestada ontem.