O ex-ministro Gilberto Carvalho avaliou nesta segunda-feira (7) que o rompimento do PT com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após o peemedebista deflagrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, foi a “melhor coisa” que poderia acontecer para o partido.
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“Estou feliz particularmente. Acho que a melhor coisa que podia acontecer era esse desfecho de romper com esse cara (Eduardo Cunha). (...) O pior para a gente era essa ambiguidade”, disse Carvalho, que foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o primeiro governo Dilma e é figura próxima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Vamos ganhar essa batalha, que está dada”, emendou o ex-ministro, que atualmente é presidente do Conselho Nacional do Sesi.
Carvalho afirmou que está acompanhando de perto os esforços para barrar o impeachment da presidente. Ele disse que vai ajudar na articulação da militância social em defesa do mandato de Dilma. De acordo com o petista, os movimentos sociais estão com “muito ânimo e muito pique”. “Vai ter hora certa de ir para rua. Vai ter batalha boa, tenho certeza disso”, disse.
O ex-ministro se reuniu na manhã desta segunda-feira com o ministro-chefe da Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e durou menos de meia hora. “Somos amigos. Ele veio tomar um café comigo”, afirmou Edinho. A pauta da conversa não foi divulgada.
Impeachment
O presidente da Câmara deflagrou o processo de impeachment de Dilma na última quarta-feira (2) como retaliação ao PT, que, no mesmo dia, anunciou que votaria contra o peemedebista no Conselho de Ética da Casa. Cunha é alvo de representação no colegiado por quebra de decoro parlamentar. A votação da admissibilidade do processo contra ele está marcada para esta terça-feira (8).
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