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Enquanto a família de Priscila Aprígio, de 13 anos, ouvia a confirmação do diagnóstico de que a menina está paraplégica, no Hospital Alvorada, Raimundo José Jesus dos Santos, 39 anos, entrava na sala de cirurgia do Hospital Iguatemi, para ter parte da perna direita amputada. Os dois foram vítimas do tiroteio na Avenida Ibirapuera, após assalto à agência Moema do Banco Itaú.

Uma bala de fuzil atravessou um rim e chegou à medula óssea de Priscila quando ela atravessava a rua para ir para o ponto do ônibus. Outra dilacerou a panturrilha de Raimundo, que estava dentro de um ônibus rumo ao Jardim Nakamura, na zona sul, e havia acabado de colocar um Holter, aparelhinho que mede por 24 horas o batimento cardíaco. A adolescente havia ido ao dentista e também voltava para casa.

Até agora, apenas um dos bandidos que participou do assalto foi preso. Trata-se de Wellington Delan Ferreira Oliveira, 30 anos, atingido por nove tiros disparados por um guarda municipal. O nome do guarda municipal não foi divulgado. Ele negou que preste serviço ao bingo que fica em frente ao Banco Itaú, embora estivesse de terno preto e gravata, assim como os demais seguranças da casa de jogos. A explicação dele para tirar a arma da cintura e disparar contra o assaltante difere da versão das testemunhas que presenciaram o tiroteio.

Oliveira saiu da cadeia em 31 de março de 2005. Ele mora no Jardim Ângela, zona sul da Capital, e estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Cumpriu sua pena.

Segundo a polícia, Oliveira respondeu a processos por roubo, homicídio e porte ilegal de armas. Nesta sexta-feira, ele foi transferido para um hospital penitenciário. Foi autuado em flagrante por tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). A polícia diz que ele não entregou os comparsas.

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