A presidente Dilma Rousseff informou à cúpula do PMDB nesta quarta-feira (30) que decidiu trocar o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) por Jaques Wagner (Defesa). Antes, ela já havia acertado com Mercadante que ele irá assume o Ministério da Educação, no lugar de Renato Janine Ribeiro, que ficou pouco mais de seis meses no posto.
REFORMA MINISTERIAL: Confira como fica
A troca atende a pressões do ex-presidente Lula e do PMDB, que enxergavam no atual ministro da Casa Civil um fator desagregador dentro do Palácio do Planalto, contribuindo para a crise política que atinge a presidente Dilma e seu governo. Jaques Wagner tem o apoio do ex-presidente Lula e tem melhor trânsito dentro do partido do que Mercadante.
OPINIÃO: Sobre reformas ministeriais e ascaridíase na política brasileira
Leia a matéria completaCom a nova equipe, Dilma espera recompor a base para aprovar o ajuste fiscal e evitar abertura de um processo de impeachment na Câmara. Até o anúncio da reforma, o governo espera que o Congresso já tenha votado, e mantido, vetos presidenciais a projetos que aumentam os gastos públicos, como o que reajusta salários no Judiciário.
A votação dos vetos estava marcada para esta quarta-feira à noite (30), mas foi transferida para a próxima terça (6), o que pode adiar o anúncio da reforma ministerial previsto para esta quinta (1º).
O PT é quem mais vai perder na reforma. Além do Ministério da Saúde, perde duas das três secretarias da área social (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos), que serão fundidas no Ministério da Cidadania.
O PMDB, partido que vinha pedindo a saída de Mercadante, por exemplo, vai ampliar sua participação de seis para sete pastas na nova Esplanada dos Ministérios, incluindo o Ministério da Saúde, de onde já foi demitido – por telefone – o petista Arthur Chioro.
Com a mudança, Mercadante retorna à pasta que ocupava antes de assumir a Casa Civil. Dilma acatou a pressão de PMDB e integrantes do PT para colocar no lugar do petista alguém com menos desgastes e que possa auxiliá-la no combate à crise.
Com a ida de Jaques Wagner para Casa Civil, para o seu lugar irá o ministro Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia). A atual pasta do representante do PC do B no governo está sendo oferecida ao PSB, para que a legenda volte à base do governo, e para o PMDB.
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