O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), anunciou nesta terça-feira seu apoio formal à candidatura do tucano Geraldo Alckmin. A iniciativa é uma estratégia política para contrapor o apoio de parte do partido declarado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no jantar desta segunda-feira, na Granja do Torto. Temer disse que Lula errou ao entregar a direção dos Correios a parte do PMDB, em período eleitoral, para ganhar apoios no partido.
Segundo Temer, houve um encontro no sábado à noite em que foram discutidos alguns pontos programáticos. Alckmin teria assumido o compromisso de valorização do Legislativo, limitando a edição de medidas provisórias; participação efetiva do governo federal na área de segurança pública; reforma política; manutenção do Bolsa Família com ampliação do valor do benefício; desenvolvimento como meta principal; e descentralização, por meio da reforma tributária.
Temer negou que a maior parte do partido esteja apoiando Lula e apresentou uma lista formal mostrando a divisão no PMDB. Ele disse, porém, que respeita as posições individuais.
- Meu apoio pessoal é revelador nesse sentido, de que não existe uma maioria em favor de Lula. Hoje existe no PMDB uma divergência consentida - afirmou.
Segundo Temer, é possível que vários líderes regionais façam um gesto simbólico de apoio a Alckmin, como os governadores Jarbas Vasconcelos e Luiz Henrique da Silveira, o ex-governador Joaquim Roriz e André Puccineli, candidato a governador do Mato Grosso do Sul.
Temer disse ainda que Lula errou ao entregar a direção dos Correios a parte do PMDB em período eleitoral para ganhar apoios de setores do partido.
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