A notícia de que a presidente Dilma Rousseff foi alvo de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), divulgada pelo "Fantástico", da Rede Globo, foi publicada em vários veículos da mídia internacional, como "The New York Times" (EUA), "The Washington Post" (EUA), "BBC de Londres" (GBR), "The Guardian" (GBR), "Le Monde" (FRA) e "El Universal" (MEX).
Um dos principais jornais do México, "El Universal", deu destaque à revelação na capa de seu site, com o seguinte título: "EUA espionaram EPN, segundo documentos de Edward Snowden". A notícia foi publicada por meio da agência de notícias EFE e também cita Dilma como vigiada.
Nos Estados Unidos, os portais "The New York Times" (NYT) e "The Washington Post" (WP) transmitiram a revelação por meio da agência The Associated Press. Ambos os jornais acreditam que o fato pode aumentar as tensões entre Brasil e Estados Unidos. O WP chegou a noticiar a reunião entre o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, com o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, na manhã desta segunda-feira.
Na França, o "Le Monde" reportou sobre o programa da vigilância da agência (Prism): "Caso Prism: presidentes mexicano e brasileiro são espionados pela NSA". A matéria está entre as mais compartilhadas do site, em 12º lugar até o momento. O jornal também comunicou que a agência espionava o Ministério das Relações Exteriores da França.
Na Grã-Bretanha, a "BBC de Londres" anunciou, como chamada principal na editoria "Latin America", a reportagem da Globo: "NSA 'espionou Brasil e México' - reporta TV brasileira". No "Guardian", a notícia é a segunda mais importante da editoria internacional e está entre as chamadas na capa do site.
Neste domingo, o programa "Fantástico", da Rede Globo, divulgou a informação, em primeira mão, de que a NSA monitorou telefonemas, e-mails e mensagens de celular entre Dilma e um número ainda indefinido de "assessores-chave" do governo brasileiro. Além disso, o presidente do México, Enrique Peña Nieto (EPN), teve sua privacidade invadida pelos americanos, quando era apenas candidato ao cargo que assume atualmente. Mais nove membros de seu equipe também foram investigados nessa operação secreta. A emissora teve acesso a documento confidencial compartilhado pelo repórter britânico Glenn Greenwald, com a ajuda de Edward Snowden, técnico que trabalhava para a agência e está, hoje, asilado na Rússia.
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