São Paulo - Durante a Guerra Fria, militares brasileiros buscaram na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos treinamento sobre a chamada guerra revolucionária e táticas de contrainsurgência, além de manter um controle obsessivo sobre os guerrilheiros que faziam cursos no exterior. Documentos guardados no arquivo do antigo Departamento de Ordem Social e Política de São Paulo (Dops-SP) mostram que o fato de um militante ter frequentado um "curso de guerrilha em Cuba" era "importante indício para a caracterização da periculosidade de um terrorista (ofício confidencial nº 721-A1 de 13 de novembro de 1973 , do Centro de Informações do Exército, recebido pelo 2.º Exército)".
Nos anos 50 e 60, os militares brasileiros formaram o maior grupo de latino-americanos que frequentou a Escola Superior de Guerra (ESG), em Paris, onde foi criada e difundida a doutrina da guerra revolucionária. Mais tarde, a Inglaterra e os Estados Unidos foram o destino dos agentes dos centros de informação militares treinados no combate à subversão. Para monitorar os brasileiros no exterior, os militares contavam com o apoio de informantes e de outros serviços de informação.
Foi assim que eles montaram o álbum com 186 nomes de pessoas, das quais 165 teriam feito o curso de guerrilha em Cuba entre 1965 e 1973. Outros 21 militantes foram listados como suspeitos de terem participado dos cursos. Em outro documento de 1973, o CIE listou 89 militantes de esquerda que supostamente tiveram treinamento militar na China muitos deles eram do PCdoB e foram mortos na guerrilha do Araguaia.
Banidos
O Dops-SP mantinha na Divisão de Ordem Social um controle dos brasileiros banidos pelo regime militar e de seus filhos. A lista tinha 142 pessoas dizendo onde cada uma estava Portugal, França, Cuba, Suécia, URSS e outros países. Dezoito delas são reconhecidas como crianças ou adolescentes com idade de 1 até 17 anos. No caso da Coreia do Norte, não há até hoje documentos conhecidos das Forças Armadas sobre a relação dos grupos de esquerda com aquele país.
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