O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta sexta-feira (13) que as ações que o Brasil tomará para reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) preveem a recuperação de pastagens, o incentivo à integração lavoura-pecuária e o plantio direto, além da fixação biológica do nitrogênio. Estas são as medidas relacionadas à agropecuária que o País levará à Conferência do Clima em Copenhague (COP-15). "O Brasil vai crescer e se desenvolver. Vamos ter uma agricultura mais eficiente usando menos áreas e sem engessamento da produção", disse.
O ministro lembrou que o País será um dos poucos a conseguir produzir mais etanol sem entrar em áreas nativas. Segundo ele, também existem áreas de pastagens que podem ser recuperadas e que, além de reterem o carbono, também impedem que novas áreas de plantio sejam abertas.
Na área energética, o ministro destacou que o Brasil pretende ampliar a eficiência do sistema e incrementar o uso de biocombustíveis, entre eles o etanol e o biodiesel, utilizando uma matriz mais limpa. No que diz respeito às hidrelétricas, a proposta do governo prevê a expansão da produção de eletricidade a partir deste sistema e também de fontes alternativas, com a energia eólica e bioeletricidade. "Estes não são programas novos mas queremos intensificar os que já existem", afirmou.
O ministro disse ainda que o governo pretende criar um carimbo para que as siderúrgicas utilizem carvão a partir de madeiras certificadas em substituição do carvão proveniente de áreas desmatadas. Minc lembrou que se reuniu ontem com o ministro do Meio Ambiente da Noruega, com quem comentou que faria hoje a apresentação da proposta. Segundo Minc, seu colega norueguês considerou que a notícia daria uma injeção de ânimo para os demais países que participarão da reunião em Copenhague, em dezembro.
O diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais, ministro Luiz Alberto Figueiredo, negociador do Itamaraty para o meio ambiente, que também participou da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje, disse que o Brasil será ambicioso na COP-15, seguindo determinação do presidente. "O Brasil será uma parte da solução e não do problema ambiental", disse Figueiredo.
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