Torturadores usavam até jacaré na "Casa da Morte"

O tenente-coronel reformado Paulo Malhães, de 74 anos, relatou em entrevista ao jornal O Globo a rotina do centro clandestino de detenção conhecido como "Casa da Morte", que funcionou na ditadura militar em Petrópolis (RJ) e era mantido pelo Centro de Informações do Exército

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A ministra Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para Mulheres) foi torturada em Minas Gerais durante a ditadura, como a presidente Dilma Rousseff, de quem é amiga desde aquela época. A revelação foi feita por escrito em 2001 ao Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh-MG), mesmo órgão que recolheu o depoimento de Dilma, a fim de buscar indenização do Estado como vítima do regime militar. O depoimento foi revelado ontem pelo jornal Estado de Minas.

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Eleonora disse ter sofrido choques elétricos, socos, chutes e ameaças contra a filha Maria de Oliveira Soares, então com 1 ano, em um quartel em Juiz de Fora, em 1971, ano em que ela foi presa em São Paulo, quando militava no Partido Operário Comunista. Foi torturada já em São Paulo, na Operação Bandeirantes, e em Minas.

Segundo ela, os torturadores ameaçaram prender a filha de novo. Num local que Eleonora acredita ser a sede do Exército, no Ibirapuera, ela encontrou Maria só de fraldas. Ela foi levada para a mãe da ministra, em Minas, e só voltou a viver com a mãe quando ela foi solta, três anos depois. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.