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Um dia depois de dizer que corrupção é tradição no Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou nesta quinta-feira (15) que espera que o julgamento do mensalão sirva de exemplo para outros políticos. "Considero um marco histórico e espero que seja o ponto de partida para uma virada institucional. Pode-se dividir o país em antes e depois, desde que se dê o desdobramento punitivo e também institucional", afirmou no segundo dia consecutivo do julgamento dos recursos dos 25 réus condenados pelo esquema.

A declaração de Barroso, o mais novo integrante da corte, foi dada ao rejeitar os recursos do ex-deputado federal Romeu Queiroz, condenado a 6 anos e 6 meses de prisão e multa de R$ 858 mil por ter recebido dinheiro do mensalão. Por maioria, o STF rejeitou o recurso de Queiroz.

Nesta quarta, Barroso disse que o caso não foi o maior escândalo político da história do país, mas o "mais investigado". Barroso foi indicado pela presidente Dilma Rousseff em maio deste ano e ontem defendeu um entendimento do caso semelhante ao do discurso do PT desde o início do escândalo, em 2005.

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