O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, quer a demissão do chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Fábio Medina Osório, que ocupa desde que o presidente Michel Temer assumiu a interinidade, em maio. Segundo relatos de integrantes de cúpula do governo, Padilha não concordaria com a tese de acesso da AGU aos inquéritos de políticos envolvidos na Lava Jato e também não gostou das ações da pasta contra as empreiteiras investigadas na operação.
A reportagem apurou que a situação de Medina Osório se tornou insustentável depois que ele demitiu um de seus adjuntos Luis Carlos Martins Alves Júnior. O pedido da demissão ainda está sob a avaliação da Casa Civil.
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Martins Alves, assim como Padilha, defende que a AGU tem que se manter distante dos inquéritos de políticos na operação e focar apenas na defesa do patrimônio público. Já Medina Osório acredita que a medida é importante para embasar futuras ações de ressarcimento e improbidade administrativa.
Outro fato que intensificou a crise teria sido o desentendimento de Medina Osório com a secretária-geral da área de contencioso da pasta Grace Mendonça, uma possível candidata ao cargo que ele ocupa.
A demissão chegou a ser defendida nesta quinta (8) para o presidente Michel Temer, que ainda não tomou a decisão. Na quarta (7), em entrevista a Folha de S.Paulo, o chefe da AGU afirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff é uma “solução irreversível” e não deve ser revista pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
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