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O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos,está sendo ouvido na manhã desta terça-feira na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI) sobre as denúncias de desvios de recursos na pasta, que provocou a exoneração de 27 servidores supostamente envolvidos nas irregularidades. Passos foi convidado pela presidente Dilma Rousseff a assumir o cargo no mês passado, após a saída do então ministro Alfredo Nascimento, que comandou o ministério nos últimos seis anos.

O ministro foi "convocado" a prestar esclarecimentos pelo líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), mas o pedido foi transformado em "convite" por senadores da base aliada. A assessoria do Ministério dos Transportes pediu à comissão que fossem reservados oito lugares para os técnicos que acompanharão o ministro.

Filiado ao PR, a permanência de Paulo Passos no partido é motivo de racha nas bancadas da Câmara e do Senado entre os que querem que ele continue no PR e os que defendem a sua saída. O senador Clésio Andrade (PR-MG) é favorável à filiação de Passos, de quem diz não ter nenhum tipo de suspeita quanto ao seu possível envolvimento nas fraudes detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU). "Ele é um técnico", alega.

Clésio acredita que o governo poderia superar as divergências que ameaçam o apoio do PR nas votações do Congresso, oferecendo aos líderes do partido a opção de indicarem para outros cargos em outros ministérios. O senador mineiro não é membro da CI, mas vai acompanhar a audiência pública do ministro. O titular do PR na comissão é o senador Blairo Maggi (MT) e o suplente é o senador Vicentinho Alves (TO).

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