O ministro da Defesa, Waldir Pires, determinou a instauração de uma investigação sobre a falha dos equipamentos que auxiliam as operações de pouso e decolagem no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e o afastamento dos funcionários identificados como responsáveis.
Neste final de semana, o aeroporto teve de fechar durante cinco horas no sábado e por três horas neste domingo em razão da neblina.
Em documento enviado ao presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o ministro Waldir Pires afirma que obteve do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) a informação de que não haveria paralisação das operações no aeroporto de Guarulhos no sábado (24) caso os sistemas ILS Cat 2 (que auxiliam em caso de visibilidade comprometida por chuva ou nevoeiro) estivessem funcionando.
"Os responsáveis, identificados, deverão ser afastados de função, logo substituídos interinamente, e submetidos ao processo administrativo, legal, que os exclua, se for o caso, do gerenciamento, ou da direção, e até mesmo, sejam demitidos, exemplarmente, da empresa", determinou o ministro da Defesa.
O presidente da Infraero confirmou a falha nos equipamentos, atingidos por um raio há cerca de duas semanas. O sistema foi consertado, mas técnicos não fizeram o teste usando um avião da Força Aérea Brasileira, o que desencadeou a série de atrasos no aeroporto de Guarulhos.
"O equipamento foi atingido por um raio há umas duas semanas e foi feito o reparo, mas não adianta reparar sem checar o equipamento com um vôo teste. Só que o avião da FAB não pode ser usado porque quebrou o trem de pouso", disse o presidente da Infraero ao G1.
O brigadeiro José Carlos Pereira disse ainda que será instaurada na manhã de segunda-feira (26) a sindicância para apurar os responsáveis e prometeu entregar um relatório preliminar ao ministro Waldir Pires no mesmo dia.
"Essa é uma investigação muito rápida de ser feita. Basta ver qual o tempo que cada um dos técnicos levou para tomar as decisões. Isso não é nada difícil", afirmou o brigadeiro.