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O ministro Paulo Bernardo entrou com uma ação civil na Justiça na tarde desta sexta-feira (5) contra o governador do Paraná Roberto Requião. O chefe do Executivo paranaense acusou o ministro de ter utilizado dinheiro público para comprar uma rádio e de ter superfaturado o valor de um ramal ferroviário que seria construído na região de Guarapuava. De acordo com o advogado de Paulo Bernardo, Luiz Fernando Pereira, a indenização pedida é de R$ 100 mil. Pereira disse ainda que irá ingressar com outra ação contra o governador. Mas, a ação criminal será protocolada somente após Requião renunciar ao cargo de governador – o que deve ocorrer até 4 de abril -, uma vez que pretende concorrer a uma vaga ao Senado. "Entraremos com a ação quando Requião não tiver mais foro privilegiado e puder responder como um cidadão comum", afirmou Pereira.

Já o governador Roberto Requião rebateu as acusações do ministro por meio do Twitter – rede social de microblog – na tarde desta sexta-feira (5). O governador voltou a citar a construção do ramal ferroviário e o, susposto, benefício que seria dado à América Latina Logística (ALL). "Na verdade Paulo Bernardo deveria aproveitar sua ida ao MP(F) para explicar a estranha proposta de PPP (parceria público-privada) que fez", afirmou em sua página pessoal.

Requião utilizou o Twitter também para comentar o rompimento do PT, e mais uma vez fez menção ao ministro do Planejamento. "Paulo Bernardo não convenceu nem os petistas sérios. Ninguém deixou o governo", disse o chefe do Executivo paranaense.

Representação no MPF

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também entregou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) no Paraná na manhã desta sexta-feira (5). Bernardo foi até o órgão para pedir que as denúncias feitas por Requião sejam investigadas, pois, supostamente, haveria envolvimento de verbas do governo federal.

Segundo o advogado do ministro, a representação pedia que o MPF investigasse as acusações de compra da rádio com dinheiro público e da ferrovia superfaturada. Além disso, foi pedido que o MPF atuasse na questão da utilização política da TV Educativa por parte de Requião.

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