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Eduardo Cardozo e Eduardo Braga falaram sobre manifestações | Antônio Cruz/Agência Brasil
Eduardo Cardozo e Eduardo Braga falaram sobre manifestações| Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Depois de reunir seu conselho político na manhã desta segunda-feira (16), a presidente Dilma Rousseff escalou dois ministros para manifestar a avaliação do governo sobre as manifestações de ontem. Eduardo Cardozo (Justiça) e Eduardo Braga (Minas e Energia) reafirmaram que o governo está aberto ao diálogo com todos e que recebe os protestos com humildade, palavra repetida seis vezes por Braga.

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O vice-presidente da República, Michel Temer, declarou que as manifestações que tomaram diversas cidades do País neste domingo são “mais do que legítimas”.

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“A ideia do diálogo não é algo retórico é algo real e objetivo. Nós queremos dialogar com todas as forças políticas para que possamos buscar encontrar convergências. É uma proposta de diálogo real que o governo faz com todos. Esse é o papel que o governo deve fazer, agindo com firmeza, mas com humildade. Ser humilde, muitas vezes, é o inverso de ser tíbio. Para ser humilde no exercício do poder é preciso ser firme”, disse Cardozo.

Para Cardozo, os manifestos de ontem têm como foco a corrupção e por isso o governo agora fixou uma data para lançar o pacote anticorrupção anunciado por Dilma durante a campanha do ano passado: até o fim desta semana. Para o ministro, a revolta da população é com os políticos e não com Dilma especificamente. Ele disse que a presidente falará sobre as manifestações ao longo da semana, quando a agenda permitir.

“Nós estamos lendo dessa maneira: nos parece que há um desconforto da população brasileira com os políticos, e portanto não é individualmente apenas com o político A, B, C, D ou E é com o sistema político que precisa ser repensado”, avaliou.

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Segundo os ministros, a hipótese de uma reforma ministerial não foi tratada. Braga reafirmou o discurso que Dilma fez em seu último pronunciamento, há oito dias, de que o governo foi até o limite de promoção de medidas anticíclicas para barrar a chegada da crise econômica à população, mas que agora é necessário um ajuste fiscal.

“Estamos diante de novos desafios. Na economia, estamos fazendo correção de rumos, ajustes, não estamos acabando com nenhum programa social. Não podemos levar o Brasil além do limite de sua capacidade econômica, se a economia não respondeu depois de um período tão longo de medidas anticíclicas”, disse Braga.

Cardozo afirmou que não ficou constrangido com o panelaço durante sua fala de ontem, ao fim do dia de protestos. Os auxiliares de Dilma afirmaram que ela recebeu as manifestações com espírito democrático. Cardozo acrescentou que ela é uma mulher firme. “A presidente é uma mulher que tem um arraigado espírito democrático. Ela tem uma características das mulheres brasileiras: ela é muito firme. A presidente, como as mulheres brasileiras, ela não é frágil, ela é firme”.

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