A aproximação da presidente Dilma Rousseff do Congresso foi elogiada nesta terça-feira (2) pelos ministros do governo e líderes da base aliada. Para oposição, a participação da presidente na abertura do ano legislativo não representa respeito, mas interesse no apoio dos parlamentares.
O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), defendeu que o país precisa de uma agenda conjunta para avançar.
“A agenda nacional depende, de maneira fundamental, do Congresso Nacional. Toda essa agenda de reformas, o próprio ajuste fiscal, nada disso se realizada apenas pelo Poder Executivo mas fundamentalmente pelo Congresso. Então esse diálogo do Executivo com o Congresso é fundamental para que essa agenda possa avançar”, disse Monteiro.
No Congresso, Dilma é vaiada ao defender CPMF
Leia a matéria completa“A questões que se colocam acima dos limites políticos partidários. Há questões que se colocam na perspectiva de interesse do país. Na medida quem que possa pactuar uma agenda acima das disputas políticas, isso é muito importante para o país. Eu espero que esse gesto da presidente contribua para isso”, acrescentou.
O ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) afirmou que o gesto da presidente de entregar pessoalmente a mensagem ao Legislativo é um sinal de diálogo. “O gesto da Dilma de tentar se aproximar do Congresso Nacional é um gesto muito importante por parte do governo. É um sinal de que o governo quer manter um diálogo com o Congresso”, disse Pansera, acrescentando que vai trabalhar para a aprovação da CPMF. “Diante da crise fiscal que enfrentamos, da necessidade de financiamento para sair da crise, a CPMF é o imposto mais justo e horizontalizado.”
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou que o gesto da presidente é importante, mas não suficiente para garantir o apoio dos congressistas. Disse, ainda, que neste momento, a recriação da CPMF não passa, independentemente do apelo feito pelo governo.
Visita conveniente
Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a visita de Dilma não representa respeito, mas interesse no apoio dos parlamentares. “A vinda dela é mais por interesse e conveniência do que respeito à instituição Congresso Nacional. Politicamente, não vai surtir nenhum efeito, caso a tese trazida até aqui seja o aumento da carga tributária”, afirmou Caiado.
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