O juiz Sergio Moro colocou nesta quinta-feira (24) em sigilo todos documentos da última fase da Operação Lava Jato, batizada de “Xepa”. Em menos de 24 horas, é o segundo procedimento envolvendo listas com nomes de políticos encontradas com funcionários da Odebrecht que o juiz limita o acesso.
- Executivos da Odebrecht presos fazem exame no IML de Curitiba
- Manifestantes colocam faixa em frente do STF acusando Teori de ser “cabrita” de Lula
- “Cautela” pautou decisão de Teori de tirar caso de Lula das mãos de Moro, dizem especialistas
- Lava Jato exige revelações sobre Lula para fechar delação de Odebrecht
Os motivos para a nova restrição imposta a documentos da Lava Jato ainda não foram revelados por Moro. Nos bastidores, a informação é de que o sigilo foi decidido porque a Operação Xepa, a 26.ª fase da Lava Jato, é um desmembramento da 23.ª etapa – que também tem parte dos autos do processo sob sigilo. A 23.ª fase teve como alvos o publicitário João Santana (cujos documentos estão abertos) e a empreiteira Odebrecht (sob sigilo).
Na quarta-feira, Moro já havia colocado em sigilos planilhas anexadas pela Polícia Federal ao inquérito da 23.ª fase, batizada de “Acarajé”. Os dados revelam uma lista com mais de 200 políticos, entre eles pessoas com prerrogativa de foro.
Os novos sigilos decretados por Moro são relativos ao sistema de contabilidade paralela da Odebrecht revelados pela ex-secretária da empresa Maria Lúcia Tavares.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa