O juiz federal Sergio Moro soltou o marqueteiro João Santana, que estava preso desde 22 de fevereiro. Em despacho divulgado nesta segunda-feira (1º), Moro determinou que Santana não pode trabalhar em nenhuma campanha eleitoral no Brasil.
Ele também não pode deixar o país nem ter contato com outros investigados pela Operação Lava Jato, como sua mulher, Mônica Moura, que também foi autorizada a sair da prisão.
A Justiça Federal estipulou fiança de R$ 2,8 milhões para liberar o marqueteiro — o valor havia sido bloqueado. Assim como aconteceu com Mônica Moura, Santana terá que entregar seus passaportes e se comprometer a comparecer a todos as convocações da Justiça.
No despacho, Moro escreveu que “considerando ainda os indícios de recebimento sistemático de valores não-registrados para remuneração de serviços em campanhas eleitorais”, Santana fica “proibido de atuar direta ou indiretamente, inclusive por interposta pessoa, em qualquer campanha eleitoral no Brasil até nova deliberação do Juízo”.
Em depoimento a Moro, o publicitário e a mulher admitiram que receberam no caixa dois pagamentos da campanha de 2010 da presidente afastada Dilma Rousseff e que mentiram no primeiro depoimento à Polícia Federal, em março, para proteger a petista.
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