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Juiz Sergio Moro falou para cerca de 2 mil pessoas na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Juiz Sergio Moro falou para cerca de 2 mil pessoas na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O juiz federal Sergio Moro, responsável por parte das ações da Operação Lava Jato, pediu “calma e serenidade” aos manifestantes que devem ir para as ruas de todo o Brasil no próximo domingo (13). Ele participou na noite desta quinta-feira (10) de uma palestra para cerca de 2 mil pessoas, na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

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“Uma característica muito lembrada do brasileiro é a sua simpatia. São compreensíveis as angústias e reclamações, diante do contexto econômico, político, do noticiário policial de cada dia, mas é importante que isso seja desenvolvido sem violência, que as manifestações previstas para os próximos dias, sejam elas contrárias ou favoráveis ao governo, sejam conduzidas com calma e serenidade”, disse, na introdução da palestra.

Moro ressaltou ainda que sua função como juiz não seria a de alertar sobre a postura dos manifestantes, mas que se sente na “obrigação” de pedir por calma, já que “ultimamente é uma voz ouvida”. “Dentro de uma democracia, não existe nós e eles, existe nós apenas, somos todos o mesmo povo, ainda que tenhamos divergência de opinião”, declarou.

Como manifestou em evento com empresários nesta quarta-feira (9), Moro voltou a criticar as notícias falsas que circulam sobre sua possível motivação política em torno da atuação na Lava Jato. Ele também repetiu que a crise brasileira não é consequência da operação. “A cada nova fase da Lava Jato, há impacto positivo na bolsa, isso me faz crer que os problemas não vêm da operação. Talvez haja custos iniciais, mas os ganhos devem ser muito maiores”, disse.

Ao final, perguntado sobre os problemas do Judiciário que ainda barram o combate a corrupção no país, Moro disse que “ainda há coisas erradas”, mas elogiou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de possibilidade de execução da pena a partir de decisão de segunda instância. “O princípio de presunção de inocência é dado no momento de prova, e não de recurso”, defendeu.

Moro recebeu uma menção de apoio da diretoria da Fiep. Ao entregar o documento, o presidente da instituição Edson Campagnolo provocou os presentes, perguntando se alguém se oporia ao conteúdo da menção. Como resposta, todos se levantaram e aplaudiram de pé o magistrado.

Chegada

Sergio Moro chegou ao prédio da Fiep, em Curitiba, por volta das 18h30. A palestra começou cerca de meia hora depois. Mesmo cercado por grande quantidade de seguranças, ele foi tietado por participantes do evento e curiosos que foram ao local apenas para cumprimentar o magistrado.

Christiane Scheider foi à Fiep acompanhada da mãe, Marilza, e do filho, Christian, só para tirar uma foto e entregar flores e um cartão para Moro. “Queríamos agradecer por tudo que ele está fazendo pelo país”. Trêmulo, Christian confessou que é fã do juiz e que não conseguiu “falar tudo que queria para ele”. “Fiquei muito feliz”, resumiu sobre o encontro com Moro.

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