Avião que levava o ministro é içado do mar de Paraty| Foto:

Apesar de a caixa-preta do avião que levava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas ter sido danificada pelo contato com água do mar, a Força Aérea Brasileira (FAB) extraiu todo o conteúdo do gravador de voz da aeronave, de acordo com informações do Jornal Nacional, da TV Globo. A caixa-preta está em Brasília desde o último sábado (21).

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A partir de agora, a gravação, que registra os últimos 30 minutos do voo e está totalmente preservada, passará por tratamento para retirada dos ruídos. Após essa etapa, será analisada por peritos.

Mais cedo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, havia informado que, embora tenha sido detectado o dano, a parte da caixa-preta que contém o gravador de voz é “altamente protegida”.

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O avião que transportava o ministro do Supremo caiu em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (19). Além do ministro do STF, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Hotel Emiliano, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas Helatczuk, de 23 anos, e a mãe dela, Maria Ilda Panas, de 55 anos. Os destroços do avião foram retirados no mar na noite de domingo (22).

Nesta segunda-feira (23), o juiz da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis, Raffaele Felice Pirro, decretou o sigilo das investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) sobre a queda do avião. Nesta terça-feira (24), o MPF e a PF vão ouvir testemunhas do acidente. Parte dos investigadores que atua no caso do acidente em Paraty trabalhou nas apurações sobre a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo, em plena campanha presidencial de 2014. Na equipe da Polícia Federal que foi deslocada pelo caso há integrantes que atuaram no episódio daquele ano, mas a composição não é exatamente a mesma.

Teori era relator da Operação Lava Jato no STF. Era ele quem homologava delações premiadas que envolvessem políticos com foro privilegiado, como ministros, deputados federais e senadores. As últimas delações que estavam sendo analisadas por ele eram de executivos da Odebrecht

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