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O número de mortes atribuídas a grupos de extermínio deve aumentar em São Paulo. Duas chacinas que ocorreram na semana passada durante a onda de violência, foram repassadas à Ouvidoria da Polícia de São Paulo. A princípio, os casos foram tratados como ocorrências rotineiras pela polícia. Oito pessoas foram mortas nestas chacinas, cinco delas sem nenhum envolvimento com facções criminosas, segundo as familiares das vítimas. Em pelo menos um desses casos, o DHPP está investigando a participação de policiais.

O ouvidor das polícias Civil e Militar, Antonio Funari Filho, admitiu nesta terça-feira que o número de mortes provocadas por grupos de extermínio deve aumentar. Segundo ele, já são agora sete casos, que indicam a existência de mais mortos do que os 12 inicialmente investigados pela Ouvidoria.

Segundo ele, além de investigar as mortes por grupos de extermínio, a Ouvidoria vai concentrar suas investigações nas 31 mortes que a Secretaria de Segurança Pública 'separou' da lista oficial de mortes em confrontos com policiais. A Secretaria havia divulgado que 110 pessoas morreram durante os confrontos. Nesta terça-feira, mudou a conta e informou que 31 delas não estão ligadas diretamente ao confronto entre policiais e bandidos. Todas as mortes, no entanto, ocorreram na semana passada, durante o período de ataques e revides ao crime organizado em São Paulo.

- Os 31 casos merecem uma investigação maior, pois pode ter ocorrido abuso. Esses casos indicam um aumento da letalidade da polícia. Queremos saber o que motivou o aumento da letalidade da polícia fora do confronto. De duas mortes a cada três dias, passar para 10 mortes por dia é um aumento absurdo - afirmou Funari Filho.

O Conselho regional de Medicina (CRM) entregou uma lista com os nomes de 132 nomes de pessoas mortas entre os dias e às 13h30 do dia 19. Nesse período, ainda segundo o CRM, houve um aumento vertiginoso do número de mortes por arma de fogo na capital. Funari disse que já teve acesso a 40 de 100 boletins de ocorrência que registram estas mortes. Segundo ele, destes 40, 22 ocorreram em confrontos com a polícia e 18 não.

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