Embora o medo do caos nos aeroportos tenha levado muita gente a pegar a estrada na Semana Santa, até as 17h desta quinta-feira a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não havia registrado grandes acidentes. Durante todo o dia, o trânsito foi intenso nas principais rodovias do país. Agora, a preocupação maior da PRF é com a noite de domingo, quando os motoristas devem encher as estradas na volta para casa.
Um balanço parcial da operação de fiscalização nas estradas será divulgado no sábado. A PRF prevê que o fluxo de veículos aumente cerca de 50%. Nos últimos anos, esse percentual girou em torno de 30%.
Em Minas Gerais, o movimento nas estradas é intenso desde cedo, principalmente nas saídas para o Rio de Janeiro e para as cidades históricas. Em alguns trechos, como na BR-381, que segue para o litoral do Espírito Santo, o engarrafamento começou ainda nesta madrugada. A previsão é que 350 mil veículos passem pelas principais rodovias federais que cortam o estado.
No Rio, a movimentação nas estradas começou cedo. Por volta das 6h, já havia congestionamento na Ponte Rio-Niterói, uma das principais vias de acesso à Região dos Lagos. Até o início da tarde, 44 mil veículos passaram pela praça do pedágio. A Concessionária Ponte S.A. estima que 87 mil veículos devem passar pela via nesta quinta-feira e cerca de 323 mil até o final do domingo de Páscoa. O tráfego também é intenso na rodovia Niterói-Manilha e na Via Lagos. Nas rodovias Rio-Juiz de Fora e Rio-Petrópolis, não havia grande movimentação até o início da tarde.
Em São Paulo, o movimento nas estradas deve se intensificar a partir das 14h, de acordo com previsão da Polícia Rodoviária estadual. Na Marginal do Tietê, via que dá acesso à várias rodovias, o congestionamento chegou a 15 quilômetros no fim da manhã. Pouco antes das 15h, o motorista encontrava dois quilômetros de congestionamento na chegada a São Paulo pelas rodovias Anhanguera e Dutra, que desembocam na Marginal Tietê. Na Dutra, o trânsito estava complicado entre os quilômetros 220 e 218. A expectativa é de que pelo menos 1,2 milhão de veículos deixe a capital.
Em Goiás, o movimento já é 20% maior. A perspectiva é de que o número de carros dobre na parte da tarde. A policia reforçou a fiscalização na BR-060, que liga Goiânia a Brasília, e na BR-153, que uma das principais vias de acesso da região Sul ao Norte do país.
Durante os quatro dias de Operação Semana Santa, mais de nove mil policiais se revezarão na fiscalização do trânsito e outras ocorrências nos 60 mil quilômetros da malha rodoviária federal, atentos, principalmente, aos motoristas imprudentes. Os agentes estarão distribuídos em 400 postos por todo o Brasil, apoiados por veículos de policiamento e resgate, helicópteros, radares eletrônicos e bafômetros. Na operação do ano passado foram registrados 1.408 acidentes, com 77 mortes e 889 feridos.
Tempo bom também é risco, diz PRF
Ao contrário do carnaval, quando foram registradas chuvas em boa parte do Brasil, a PRF alerta que o tempo estável durante o feriado de Páscoa pode servir de estímulo para o motorista ultrapassar os limites de velocidade permitidos. A polícia rodoviária também adverte os motoristas que, segundo levantamento, a maioria dos acidentes acontece em trechos com pista boa (80,75%), nas retas (69,48%), de dia (59,44%) e com tempo bom (67,05%). Na apuração dos acidentes, a falta de atenção é o item mais alegado pelos condutores, seguido pelo excesso de velocidade. Somados, os dois fatores correspondem a quase 50% das causas de acidentes em rodovias federais.
Considerando médias históricas, o volume de tráfego nos fins de semana normais aumenta cerca de 20%, atingindo picos de 30% nos finais de semana prolongados. Desde dezembro, a PRF trabalha em estado de alerta por conta da instabilidade no setor aéreo. Mas apesar dos esforços, a Operação Verão (que engloba os feriados de Natal, réveillon, férias de janeiro e carnaval) registrou aumento de 7,48% no número de acidentes, em relação ao ano anterior. O índice de mortes subiu 3,46% e o saldo de feridos, 10,39%. Apenas na Operação Carnaval, os índices de acidentes, mortos e feridos cresceram 8,09%, 15,08% e 13,36%, respectivamente.
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