Pelo menos um milhão de pessoas devem ir às ruas de todo o país, neste domingo (4), protestar contra a aprovação de emendas ao pacote de medidas anticorrupção.
A convocação partiu do movimento Vem Pra Rua – que atuou nas manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Mais de 150 cidades em 23 estados e mais o Distrito Federal já confirmaram atos para o fim de semana.
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A lista inclui capitais como Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Cuiabá, Teresina, Aracaju, Florianópolis e Salvador. A confirmação de participação dos municípios com atos locais, segundo o movimento, dobrou desde a madrugada de quarta-feira (30). Na ocasião, deputados federais aprovaram as Dez Medidas contra Corrupção com texto diferente do enviado anteriormente pelo Ministério Público Federal (MPF).
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Leia a matéria completaEm Curitiba, a mobilização terá início às 15 horas, na Praça da Justiça, na Avenida Anita Garibaldi, 888, Cabral. O ponto é emblemático, uma vez que funciona ali a Justiça Federal – local de trabalho do juiz federal Sergio Moro, que conduz a investigação da Lava Jato em primeira instância.
Além do Vem Pra Rua Curitiba, reforçam a manifestação movimentos como o MBL, MUDE, Curitiba contra Corrupção, República de Curitiba, Lava Togas, Mais Brasil e Laços de Apoio ao Brasil.
Segundo a representante do Vem Pra Rua em Curitiba, Gislaine Masoller, a mobilização contará com caminhão de som, muro da vergonha com nomes de deputados que votaram contra o texto original das Dez Medidas contra Corrupção e um ônibus plotado com informações sobre o pacote. O veículo foi cedido e adesivado por empresários.
“Entendemos que as medidas foram fraudadas. Não foi isso que nós assinamos”, define a porta-voz do Vem Pra Rua.
Gislaine salienta que, embora a questão das Dez Medidas se apresente como um tema mais complexo para as pessoas do que o impeachment, os movimentos envolvidos no ato de domingo ainda têm esperança de que a população saia para as ruas e a situação possa ser revertida no Senado.
Neste momento, comenta ela, a maior preocupação com o pacote é em relação à emenda que prevê punição para promotores e juízes, por abuso de autoridade. “Votaram isso em momento inoportuno, bem agora que a operação está em expansão. Isso é revoltante”, diz Gislaine.
A porta-voz do MUDE, Patrícia Alves Fehrmann, enfatiza que o manifesto será uma oportunidade da sociedade fazer um apelo ao Senado para que o texto base das Dez Medidas seja respeitado. Ela diz que as cidades onde ainda não há manifestação confirmada podem se organizar e aderir à mobilização. O própria MUDE, observa, vem tentando colaborar com a articulação desses atos de domingo.
“Explicamos que é preciso entrar em contato com a Prefeitura, ver a questão da segurança para o grupo de pessoas que se espera receber e divulgar o evento na rede de amigos”, pontua a representante.
O site do movimento disponibiliza artes para impressão em faixas, banners e adesivos, de acordo com a causa. “Procuramos facilitar a participação das pessoas. Isso ajuda a fomentar a discussão no assunto”, emenda Patrícia.
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