Para investigar a eventual participação do senador Jaime Campos (PFL-MT) em um esquema fraudulento de venda de imóveis rurais a partir de documentos falsos, o Ministério Público Federal no Mato Grosso solicitou o encaminhamento das transcrições das interceptações telefônicas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido foi aceito pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. Na decisão, o juiz afirma que "efetivamente as transcrições das conversas telefônicas travadas entre as investigadas Lucélia e Lourdes são indícios de que o senador da República Jaime Campos teria patrocinado interesses da quadrilha sob investigação, notadamente, da requerida Helena Jacarandá, junto ao Superior Tribunal de Justiça".
O nome do senador Jaime Campos é citado em uma das várias escutas telefônicas autorizadas pela Justiça para investigar um esquema fraudulento de venda de imóveis rurais e falsificação de documentos. Na sexta-feira, 20 de abril, 200 policiais federais foram mobilizados na Operação Lacraia, que cumpriu 33 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em Mato Grosso, Goiás e São Paulo. Somente em Barra do Garças (MT), vinte pessoas foram presas.
O senador foi citado como "o político forte" durante uma conversa interceptada com autorização da Justiça entre a corretora de imóveis Maria de Lourdes Dias Guimarães e a ex-funcionária de cartório Lucélia Barros Lopes Parreiras, ambas do município de Barra do Garças, em Mato Grosso, a cerca de 500 km de Cuiabá. Jaime Campos atuaria de forma a tentar restabelecer Helena Jacarandá à frente do cartório de registro de imóveis, do qual já encontrava-se afastada.
As investigações apontaram que Lucélia atuava diretamente com Helena da Costa Jacarandá, ex-tabeliã do Cartório do Primeiro Ofício de Barra do Garças, tido para a principal integrante da organização criminosa.
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