O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ajuizou três ações contra o presidente da Câmara de Vereadores de Cascavel, Marcos Sotille Damasceno (PDT) e os vereadores Julio Cear Leme da Silva (PMDB) e Mário Seiberto (PTC). O MP acusa os políticos de improbidade administrativa e peculato. Uma das ações atinge ainda um servidor, dois ex-servidores e o ex-vereador Juarez Damo.
Damasceno e o vereador Seibert são acusados de contratarem funcionários fantasmas para trabalhar no Legislativo. O gerente de Recursos Humanos da Câmara, Emerson Rozentalski é suspeito de colaborar com a contratação dos "fantasmas" lotados no gabinete de Seibert. Segundo nota divulgada pelo MP, foi Rozentalski quem redigiu os ofícios de indicação e apontou os cargos vagos para abrigar Nikolas Arend e Juliana Filipake Damo, que são namorados. O ex-vereador Juarez Damo, pai de Juliana, teria utilizado sua influência política ele é vice-presidente do PTC para induzir o presidente da Câmara a fazer as contratações.
Em outra ação, o vereador Julio Cesar Leme da Silva é acusado de receber indevidamente R$ 47,7 mil quando presidiu o Legislativo entre os meses de maio de 2007 a dezembro de 2008. Segundo o MP, Silva teria recebido os recursos a título de "verba indenizatória" por ser, à época, presidente. Neste período, no entanto, havia uma decisão judicial que proibia o recebimento da indenização.Silva disse que nunca foi intimado ou informado sobre a proibição de receber os valores quando presidiu a Câmara. "O que eu sei é que todos os presidentes (de câmaras municipais) recebiam a verba", diz.
Em sessão na tarde desta terça-feira (10), o vereador Mário Seibert disse que não vai comentar mais sobre "algumas coisas que estão acontecendo" e que ele chamou de "abuso de poder". Sem falar das ações, Seibert invocou a "Justiça de Deus" para as denúncias contra ele.Já o presidente Marcos Sotille Damasceno não participou da sessão. De acordo com sua assessoria, ele está em viagem.