Pelo menos oito integrantes do crime organizado serão denunciados nesta quarta-feira pelo assassinato do bombeiro João Alberto da Costa, morto no dia 13 de maio durante os ataques a São Paulo.
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da organização, Júlio Cesar Guedes de Moraes, o "Julinho Carambola", apontado como o segundo na hierarquia e outros seis envolvidos deverão responder a processo por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Esta é a primeira denúncia formal por mortes ligadas aos ataques da facção criminosa.
Segundo o promotor Marcelo Milani, do 1º Tribunal do Júri, um dos bandidos presos por envolvimento no assassinato deu elementos necessários para que Marcola fosse citado na denúncia.
- Os que executaram a ação disseram que o Marcola era o comandante - disse Milani.
Um dos criminosos que teria planejado o assassinato disse ainda aos policiais que tinha uma dívida com a facção criminosa e, por isso, participou do ataque.
No dia 30 de maio, após receber uma denúncia, a polícia prendeu dois suspeitos de participação no homicídio: Carlos Santos de Portugal, de 30 anos, o Mano Peba, e Alex Gaspar Cavalheiro, de 27 anos, o Gordinho, foram presos em São Paulo. Eles também deverão ser denunciados com Marcola.
No dia 13 de maio, o bombeiro João Alberto da Costa, que tinha 40 anos, foi morto quando a unidade do Corpo de Bombeiros em que ele trabalhava no Centro de São Paulo, foi atacada por criminosos que buscavam alvos policiais. Foi a primeira vez que uma unidade do Corpo de Bombeiros foi vítima de uma ação semelhante. Na troca de tiros com os bombeiros, um dos bandidos acabou morto.
Ainda hoje, a promotoria deve receber uma cópia do inquérito policial para formalizar a denúncia.
Outros dois suspeitos que foram presos no dia 20 de maio também devem ser denunciados; Eduardo Aparecido Vasconcelos, o "Mascote" e a peruana Juliana Custódio, conhecida como "gringa" ou "Marcela".
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