Veja o vídeo em que Arruda aparece recebendo dinheiro

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O Ministério Público Federal divulgou neste sábado (2) que foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça nova denúncia contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Na nova denúncia, Arruda é acusado de inserir informações falsas em quatro documentos entregues à Justiça declarando o recebimento de dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário do governo.

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Em um vídeo, gravado em agosto de 2006, José Roberto Arruda, então candidato a governador, aparece recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval. Arruda alegou que o dinheiro seria uma doação para a compra de panetones para pessoas carentes.

O vídeo faz parte de um conjunto entregue por Durval à Polícia Federal, denunciando um suposto esquema de distribuição de propina que ficou conhecido como Mensalão do DEM.

Suspeito de comandar o suposto esquema, Arruda foi afastado do governo e está preso desde a última quinta-feira (11) na Superintendência da Polícia Federal. Ele foi acusado de tentar subornar uma testemunha do caso. Na última sexta-feira (12), o ministro Marco Aurélio Mello negou habeas corpus a Arruda em caráter liminar (provisório). Nesta sexta-feira (20), Arruda foi transferido para uma sala menor do que a que ele estava, sem banheiro, em outra parte do complexo da PF. O escândalo de corrupção veio à tona no dia 27 de novembro quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora.

O portal G1 entrou em contato com os advogados de Arruda sobre a nova denúncia e aguarda retorno.

Nova denúncia

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Segundo a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, os documentos entregues por Arruda provando a doação não possuem data e atestam o recebimento de dinheiro para "pequenas lembranças e nossa campanha de Natal" no valor de R$ 20 mil no ano de 2004, R$ 30 mil em 2005, R$ 20 mil em 2006 e R$ 20 mil em 2007.

De acordo com a denúncia, eles foram elaborados, imprimidos e assinados pelo governador no dia 28 de outubro de 2009, na residência oficial em Águas Claras. Em seguida, foram rubricados por Durval Barbosa, que os entregou à Polícia Federal no dia 30 de outubro, quando declarou que não doou a Arruda o dinheiro que o governador afirma ter recebido nos documentos.

A denúncia pede a condenação de Arruda quatro vezes por falsidade ideológica, pelos quatro recibos, com aumento de pena pelo fato de ele ser funcionário público.