O Ministério Público Federal de Curitiba deve convocar para depor o publicitário Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão no escândalo do mensalão. O objetivo é desvendar os laços entre o escândalo da Petrobras e o mensalão. Os procuradores não descartam a possibilidade de Valério vir a negociar acordo de delação premiada.
Em 2012, numa tentativa de negociar um acordo de delação no mensalão, Valério citou pela primeira vez o empréstimo feito pelo Banco Schahin a José Carlos Bumlai, destinado ao PT. Ele contou à Procuradoria-Geral da República que Silvio Pereira, então secretário-geral do PT, lhe pediu ajuda, pois dirigentes do PT estariam sendo chantageados por Ronan Maria Pinto. O empresário nega as acusações de Valério.
Em depoimento de delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró acusou sócios da rede de postos Derivados do Brasil (DVBR) de ter pago propina de cerca de R$ 10 milhões ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Um dos sócios da rede é André Esteves, fundador do BTG Pactual, preso em novembro, suspeito de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato .
Collor nega as acusações, assim como os advogados de Esteves.
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