O Ministério Público Federal pediu a condenação judicial do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, do lobista Fernando Baiano, do consultor Julio Camargo, do doleiro Alberto Youssef pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O MPF também pede para que os denunciados devolvam mais de R$ 156 milhões.
De acordo com o MPF, Nestor Cerveró “confundiu o público e o privado, atuando na Petrobras visando seus próprios interesses, de seus comparsas e das empresas corruptoras”. Já Fernando Baiano atuava como um operador financeiro, indicando e controlando contas para o pagamento de propina que era feito por Júlio Camargo.
Baiano é apontado como operador das propinas pagas ao PMDB e em audiência da semana passada foi chamado de “sócio oculto de Eduardo Cunha” por Julio Camargo.
As alegações finais do MPF foram apresentadas nesta quarta-feira (22). Os pedidos de condenação são referentes ao processo que investiga o pagamento de propina durante o processo de compra de dois navios sonda entre 2006 e 2007. A Petrobras comprou os navios por R$ 1,2 bilhão da empresa coreana Samsung Heavy Industries, em parceria com a Mitsui, ambas representadas por Julio Camargo.
Camargo relatou à Justiça que o negócio renderia US$ 53 milhões de comissão a ele, dos quais US$ 40 milhões seriam direcionados a agentes políticos.
Depois das apresentações das alegações finais do MPF, a Petrobras ainda deve se pronunciar, pois figura como assistente de acusação neste processo. Em seguida, os advogados de cada um dos réus também deverão apresentar suas alegações finais por escrito.
Por fim, o juiz Sergio Moro dará a sentença, afirmando quem vai ser condenado e qual pena terá que cumprir. A sentença não deve sair tão cedo. Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que antes da decisão, o juiz Sergio Moro deve prestar informações sobre a citação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na semana passada, Julio Camargo afirmou que foi pressionado por Cunha a pagar US$ 10 milhões de propina, dos quais metade iria para o parlamentar.
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