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André Vargas, ex-deputado federal pelo PT. | IVONALDO ALEXANDRE/GAZETA
André Vargas, ex-deputado federal pelo PT.| Foto: IVONALDO ALEXANDRE/GAZETA

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que o juiz federal Sergio Moro condene o ex-deputado federal André Vargas, sua esposa Edilaira Gomes e seu irmão Leon Vargas por lavagem de dinheiro. Os três são réus em uma ação penal na qual o MPF acusa o ex-deputado de usar dinheiro desviado da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde para a compra de um imóvel de luxo em Londrina, no interior do Paraná.

André Vargas diz que ter um imóvel no Alphaville em Londrina “não é um exagero”

“É um bairro bom, mas de classe média baixa”, diz o ex-deputado ao juiz Sergio Moro.

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Segundo a denúncia, em 2011, André Vargas teria comprado um imóvel no bairro Alphaville, em Londrina, no interior do Paraná. O vendedor declarou o imóvel no valor de R$ 980 mil, enquanto Vargas declarou ter pago apenas R$ 500 mil. Segundo os procuradores, a diferença – de R$ 480 mil – teria sido paga à parte, para “impossibilitar o rastreamento da origem dos recursos pelos órgãos de fiscalização”.

O MPF pediu que os três réus sejam condenados pelo crime de lavagem de dinheiro. Os procuradores sugeriram que Edilaira cumpra a pena em regime semiaberto, enquanto os irmãos Vargas deverão cumprir a pena em regime fechado.

Para justificar o pedido do agravante à pena de André Vargas, o MPF alegou que o ex-parlamentar atuava como político, ocupando cargo público. Vargas era deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados na época da prática do crime. “Como representante do povo, André Vargas tinha o dever de promover a defesa do interesse público e da soberania nacional”, argumenta o MPF. “André Vargas desrespeitou e traiu o voto conferido por seus eleitores, utilizando seu cargo em benefício próprio”, finalizam os procuradores.

André Vargas está detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi preso na deflagração da 11ª fase da Operação Lava Jato, em abril desse ano. Vargas já foi condenado a 14 anos e 4 meses de prisão por irregularidades em contratos de publicidade da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Segundo o MPF, Vargas atuava a fim de favorecer a contratação da empresa Borghi Lowe.

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