Cerca de mil trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), junto com outras organizações populares do campo que compõe a Frente Brasil Popular, estão nesta quarta-feira (8) em Curitiba para realizar a Mobilização Nacional do Campo e da Cidade. Eles protestam contra o presidente interino Michel Temer (PMDB) e já ocuparam o primeiro andar do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital. Os manifestantes ainda montam um acampamento no meio da Rua Doutor Faivre. A via está fechada no cruzamento com a Avenida Sete de Setembro e agentes da Setran monitoram o trânsito.
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Leia a matéria completaA mobilização, que deve seguir pelo menos até sexta-feira (10), tem como um dos principais objetivos a regularização fundiária de 10 mil famílias que estão acampadas no Paraná. Segundo o porta-voz do MST no estado, José Damasceno, há famílias que aguardam há 18 anos a solução deste impasse. “Nosso foco principal é esse. Precisamos encontrar uma solução para essas famílias. Mas também lutamos contra o uso do Incra para fins políticos. Precisamos de pessoas capazes e que tenham conhecimento do assunto. O Incra não pode ser um espaço de aparelhamento político”, ressalta.
A ação luta ainda contra o impeachment, contra a retirada de direitos, em defesa da previdência social, da aposentadoria rural, das políticas de moradia popular e pela retomada do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), extinto pelo governo de Temer.
Os manifestantes se concentraram na manhã desta quarta-feira (8) na Praça 29 de Março em Curitiba e andaram um percurso de quase quatro quilômetros até chegar a sede do Incra. “Tem pessoas de todas as regiões do estado”, completa o porta-voz do movimento.
Os movimentos populares do campo afirmam não reconhecer o governo de Michel Temer e seu ministério, pois, segundo eles, desde que assumiu interinamente a presidência, ele está anunciando medidas que afetam diretamente os trabalhadores do campo.
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