O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, admitiu na noite desta segunda-feira (2) que falta acordo entre o PT e o PMDB para definir a presidência e a relatoria da CPI da Petrobras. Múcio, porém, nega que tenha havido manobra governista para impedir hoje a instalação da CPI e confirma que os governistas também estão preocupados com a questão da relatoria da CPI das ONGs. "Não podemos enfrentar dois problemas ao mesmo tempo. Está se resolvendo a questão de uma dúvida regimental surgida na CPI das ONGs. Resolvida a questão das ONGs, aí vai. Os nomes estão indicados. Falta apenas o PT e o PMDB se afinarem para ver quem é presidente e relator (da CPI da Petrobras)", disse o ministro, após sair de reunião com o presidente do Senado em exercício, Marconi Perillo (PSDB-GO).

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Os governistas no Congresso alegam que, antes de iniciar a CPI da Petrobras, querem resolver a questão da relatoria da CPI das ONGs. O cargo pertencia ao senador da base aliada Inácio Arruda (PCdoB-CE), mas ele teve de deixar a titularidade da CPI das ONGs para poder ser indicado como titular da CPI da Petrobras. O presidente da CPI das ONGs, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), então, indicou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), para o cargo.

O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), disse esta noite que a questão da CPI das ONGs é apenas um pretexto do governo para esconder o fato de que o PT e o PMDB não estão se entendendo na definição da presidência e relatoria da CPI da Petrobrás. "Não tem problema. No final, vai se resolver. São os dois maiores partidos da base do governo. Eles têm consciência da responsabilidade que têm com o governo, que têm nessa CPI, que têm em relação ao enfrentamento da CPI da Petrobras", disse Múcio, ressaltando que não houve manobra por parte do governo para esvaziar a sessão de abertura da CPI, no início desta tarde. Ele, entretanto, acha que ainda hoje essas questões serão resolvidas.

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