Luciane Ferrari, 27 anos, mulher do caminhoneiro Rosinei Ferrari, que causou a tragédia na BR-282, no extremo-oeste de Santa Catarina na noite de terça-feira (9), contou, em entrevista ao "Zero Hora.com", que o aciente foi uma "fatalidade". O marido teria dito que o veículo ficou sem freio, que tentou mudar de marcha várias vezes mas não conseguiu parar o caminhão. Segundo ela, o marido ficou apavorado e começou a buzinar e gritar, "fazendo sinal para que saíssem da frente, mas em seguida bateu num barranco e perdeu os sentidos".
Ela contou ainda que Ferrari ligou antes da tragédia e disse ter tido maus pensamentos. "Ele me ligou às 20h, dizendo que estava com problemas no freio, que o caminhão não estava bom, que estava com mau pressentimento e ia parar para dormir em seguida". Ferrari, no entanto, não parou em São Miguel do Oeste e resolveu continuar a viagem.
Ferrari, segundo ela, trabalha como caminhoneiro desde 2002, e fazia viagens semanais entre Rio Brilhante (MT), onde carregava o caminhão com açúcar, e a região da serra do Rio Grande do Sul, na qual entregava o produto. No dia do acidente, o motorista teria saído de Cascavel, no Oeste do Paraná, às 11h30, e passado por São Miguel do Oeste às 20h.
Com a bacia deslocada e ferimentos no rosto, o caminhoneiro está internado no Hospital São José, em Maravilha. Ferrari ainda não sabe ainda quantas pessoas morreram e quantas ficaram feridas no acidente. Luciane não contou ainda o que realmente aconteceu mas está tentando tranqüilizar o marido. "Sei que não foi culpa dele, nenhuma pessoa em sã consciência ia de propósito se jogar contra um monte de pessoas", disse ao Zero Hora.com.
Ainda segundo ela, um advogado da empresa na qual o marido trabalha vai tentar transferi-lo para Cascavel, onde a família mora.
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