Ao tentar visitar Henrique Pizzolato na penitenciária de Modena na manhã deste sábado (8), Andrea Haas disse que seu marido está sereno porque confia que a Justiça italiana é "íntegra" e faz as "coisas certas".

CARREGANDO :)

Andrea Haas chegou à penitenciária de Modena às 7h50 (4h50 horário de Brasília), levando uma sacola com roupas, toalha, tangerinas e medicamentos. Levava sob o braço uma pasta amarela.

Ao estacionar o carro, ela foi abordada por jornalistas brasileiros e disse que não responderia perguntas da imprensa.

Publicidade

"Vocês não sabem por quê? Tudo isso é uma grande mentira. Todos os documentos foram apresentados para a imprensa e tiveram a oportunidade de divulgá-los e nunca divulgaram. Só divulgaram mentiras. Por que eu vou falar mais?", disse ela, que se encaminhou à entrada reservada aos visitantes.

Vinte minutos depois, ela deixou a penitenciária sem ter atravessado sequer o setor em que familiares passam pela revista. Ela não explicou porque voltava sem ver o marido.

O acesso à penitenciária de Modena só é possível ao visitante munido de autorização prévia da autoridade judicial.

Quando voltava em direção ao carro, respondeu a uma pergunta de uma jornalista sobre a tranquilidade do ex-diretor do Banco do Brasil relatada por policiais e o advogado que estiveram com ele após sua prisão.

"Deve ser porque a Justiça aqui seja correta, íntegra, que faz as coisas certas. Deve ser por isso que ele estava sereno", disse Andrea Haas.

Publicidade

Ontem, a Justiça italiana rejeitou o pedido de liberdade provisório feito pelo advogado de Pizzolato e decidiu que ele terá de aguardar o julgamento do pedido de extradição na prisão por considerar que existe risco de fuga.

O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. Na última quarta, ele foi preso na casa de um sobrinho em Maranello (norte da Itália). Pizzolato fugiu do Brasil usando documentos falsos em setembro de 2013.

Veja também
  • Pizzolato diz à Justiça italiana que é vítima de "processo político"
  • Pizzolato fez testamento para garantir morte secreta
  • Joaquim Barbosa diz que Supremo não atua em processo de extradição
  • Governo inicia processo para pedir extradição de Pizzolato
  • Henrique Pizzolato tem pedido de liberdade provisória negado na Itália