Brasília (AE) Os advogados de Renilda Santiago, mulher e sócia do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apresentaram ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de habeas-corpus preventivo para que ela seja ouvida como investigada, e não testemunha, pela CPI dos Correios na terça-feira.
O presidente do STF, ministro Nelson Jobim, analisará o pedido na segunda-feira. No caso de ser concedido o habeas-corpus, Renilda não poderá ser presa durante o depoimento e terá o direito de não responder às perguntas quando considerar que as respostas podem produzir provas contra ela própria, como fizeram. O STF concedeu esse tipo de habeas-corpus preventivo a outros depoentes, como Valério, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira.
Os integrantes da CPI têm especial interesse em obter respostas de Renilda sobre as relações de Valério com dirigentes petistas e sobre o frenético movimento financeiro das contas bancárias e das empresas. Além disso, querem perguntar a Renilda porque ela tentou sacar R$ 2 milhões de sua conta no Bank Boston em Minas Gerais, essa semana.
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