Ainda que não estejam livres de problemas, os municípios do Paraná têm respondido melhor à crise do que o resto do país. No estado, 27% das prefeituras esperam fechar 2015 no vermelho, contra uma média nacional de 43%, segundo a pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Além disso, o número de prefeituras que atrasaram salários de servidores é quase insignificante (apenas três, menos de 1%), enquanto no resto do país 12% dos municípios recorreram a essa medida extrema.
Os efeitos da crise nos serviços de saúde e de educação no estado são menos graves do que no resto do país. Ainda assim, os números são preocupantes. Mais da metade dos municípios (58%) registram problemas relacionados à educação, e 72% não conseguem fechar suas contas na saúde.
Os municípios paranaenses também têm registrado menos dificuldades em pagar suas contas. Enquanto 12% dos municípios brasileiros não pagam seus servidores em dia, apenas 0,8% das cidades paranaenses sofrem com esse problema. Já os fornecedores paranaenses têm motivos para reclamar: em 44% das cidades há atrasos nos pagamentos. Ainda assim, a situação é melhor do que no resto do país (55% das cidades não pagam suas compras em dia).
Um dado, porém, preocupa: sentindo menos a crise econômica, os municípios paranaenses têm tomado menos medidas para enfrentá-la. No resto do país, 93% dos municípios estão tomando providências, enquanto no Paraná, apenas 89% mudaram suas práticas para minimizar os efeitos.
Um exemplo é o salário dos prefeitos e vereadores: enquanto no resto do país 14% dos municípios reduziram os ganhos dos políticos, no Paraná isso ocorreu em apenas 9% das cidades.
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