O ex-presidente que o processo de impeachment foi aberto “por vingança” do presidente da Câmara.| Foto: /

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (8), durante abertura da Conferência Internacional do Congresso do Partido Social-Democrata Alemã (SPD), em Berlim, que o processo de impeachment é “um golpe”. “É uma tentativa de golpe explícito contra a presidente Dilma e o Brasil”, afirmou Lula, segundo nota divulgada seu instituto.

CARREGANDO :)

CRISE POLÍTICA: Acompanhe as últimas notícias sobre o Impeachment da presidente Dilma

Publicidade

O ex-presidente que o processo de impeachment foi aberto “por vingança” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porque o PT não o protegeu da abertura de um processo no Conselho de Ética. “Vou falar do Brasil, porque não posso vir aqui e fingir que nada está acontecendo no meu país”, afirmou Lula, acrescentando: “Nós vamos pra rua para defender o mandato legitimamente eleito da nossa presidente”.

O ex-presidente afirmou ainda que, se a cada crise econômica houvesse motivo para impeachment, “não haveria nenhum [líder] governando nenhum país no mundo hoje”.

“Achamos que é uma anomalia o que está acontecendo no Brasil, sem negar que existe uma crise econômica e política, sem negar que existe uma denúncia de corrupção no meu país”, disse.

Em seguida, Lula afirmou que a atual crise só está acontece porque o governo criou instrumentos de transparência e autonomia para as investigações. “Só tem um jeito de você não ser investigado no Brasil: é não fazer nada errado”.

Lula foi o convidado de honra para a palestra “Política progressista em tempos desafiadores”. Estavam presentes mais de 300 delegados de legendas “progressistas” de 40 países. Ele foi apresentado pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, como um “convidado extraordinário”, segundo o Instituto Lula.

Publicidade

O ex-presidente da República sugeriu às siglas social-democratas do mundo procurar uma “nova utopia” visando a esperança da juventude mundial.

Lula criticou a falta de instituições globais e os conflitos que causam massas de refugiados. “Eu quero saber que instituição autorizou a Guerra do Iraque? O ataque à Líbia, quando o país não era uma ameaça para ninguém? Quem se responsabiliza?”, questionou.