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Só faltou o acarajé: em visita a Salvador, Dilma se vestiu de branco, foi rezar na Igreja do Bonfim, tomou passe de pais de santo e visitou o túmulo de Irmã Dulce | Marco Aurélio Martins/Ag. A Tarde-Folhapres
Só faltou o acarajé: em visita a Salvador, Dilma se vestiu de branco, foi rezar na Igreja do Bonfim, tomou passe de pais de santo e visitou o túmulo de Irmã Dulce| Foto: Marco Aurélio Martins/Ag. A Tarde-Folhapres

Salvador - Na Bahia, aja como os baianos. A ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), seguiu à risca esse conselho em sua visita a Salvador, ontem. Assumindo sua "baianidade", Dilma se vestiu de branco e subiu a Colina Sagrada para assistir a uma missa na Igreja do Senhor do Bonfim. A missa foi celebrada em ação de graças pela cura do câncer linfático que a acometeu.

Antes de entrar na igreja, porém, ela cumpriu outro ritual típico do baiano – tomou um banho de folhas de arruda pelas mãos de pais e mães de santo. Dilma foi abençoada dentro e fora do templo. Ao deixar o local, a ministra, esbanjando simpatia e descontração, atendeu a moradores de Salvador, posou para fotos, abraçou ambulantes e beijou crianças – como se já estivesse em campanha presidencial.

"Acredito na fé dos homens; acho que a religião é um dos motores capazes de expor o que há de melhor dentro das pessoas", declarou. A ministra ainda abraçou idosos e doentes no Hospital Santo Antonio, que integra as Obras Assistenciais de Irmã Dulce. Também visitou o santuário e o túmulo da freira, venerada pelos baianos.

Depois, ela participou do encerramento da Caravana Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil em Cipó, a cerca de 250 quilômetros da capital baiana. Hoje pela manhã, ela visita obras financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Salvador.

Dois palanques

Falando de política, Dilma reconheceu que há uma divisão da base do presidente Lula na Bahia, o que proporcionará dois palanques no estado ao candidato do governo, um do PT (o governador Jacques Wagner) e outro do PMDB (o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima). Entretanto, a ministra defendeu a preservação da unidade em nível nacional. "Se for possível, o importante é ter a base unida", disse, no município de Feira de Santana, a 110 quilômetros de Salvador, onde participou da assinatura do termo de concessão da BR-324 e da BR-116 à iniciativa privada.

A ministra admitiu ainda a hipótese de polarização na campanha pela Presidência da República, em 2010, entre PT e PSDB. "Isso é inexorável", disse. Dilma afirmou que o povo poderá optar entre dois projetos: o do presidente Lula, que, segundo ela, vem promovendo uma profunda transformação no país, e o que tinha antes. "Poderemos confrontar os dois projetos. E só ver o que foi feito de 2003 até agora e o que foi feito anteriormente", disse.

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