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Em sua carta de demissão, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, reafirma que não teve nenhuma participação no episódio da quebra ilegal do sigilo do caseiro Francenildo Costa realizado pela Caixa Econômica Federal.

" Quero esclarecer, senhor presidente, que não tive nenhuma participação, nem de mando, nem operacional, no que se refere à quebra do sigilo bancário de quem quer que seja. Reafirmo que não divulguei nem autorizei nenhuma divulgação sobre informações sigilosas da Caixa Econômica Federal " disse Palocci no documento, acrescentando: "Sou consciente das leis e da responsabilidade do meu cargo. Sou consciente das regras da democracia e do Estado de Direito".

Palocci ainda lembra no documento que lutou contra o que chama de movimento sistemático para lançar dúvidas e suspeitas sobre seu trabalho e sua pessoa. Ele lembra sua ida à CPI dos Bingos. "Julguei haver refutado, naquele momento, em termos objetivos, a inconsistência das acusações e ter restabelecido as condições de trabalho deste Ministério ", escreveu.

Na carta de demissão, Palocci exalta os números da economia e os feitos da equipe que comandou desde janeiro de 2003. Cita a manutenção da estabilidade da inflação e a melhora das contas externas, além da geração de empregos e o aumento da renda. Palocci termina o documento de três páginas minimizando a sua própria saída: "Tomo a decisão de pedir o meu afastamento com tranqüilidade. A consistência do trabalho feito e a solidez da economia brasileira me dão a certeza de que a estabilidade do país e de suas instituições não depende da pessoa do ministro da Fazenda e sim das políticas definidas por Vossa Excelência (o presidente Lula)."

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