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Os sete anos como governador do Paraná não foram suficientes para Roberto Requião (PMDB) deixar de reclamar do governo de Jaime Lerner, seu antecessor. Durante o seu discurso de "despedida" da Assembleia, na sessão solene de início do ano legislativo, Requião começou com críticas a ações da administração anterior – como a tentativa de venda da Copel e a privatização do Banestado. "Passado o tropel neoliberal, temos o Estado destruído, desmontado e não apenas diminuído", afirmou o governador. Segundo ele, o tempo que ficou no governo foi breve para "corrigir distorções de há tanto acumuladas".

Esse provavelmente será o último discurso de Requião na Assembleia no cargo de governador, pois, dentro de dois meses, o peeemedebista deve deixar o cargo para disputar o Senado nas eleições de outubro.

Após as críticas à gestão Lerner, o governador listou o que considerou suas principais conquistas, em um discurso de cerca de uma hora – dentre as quais 646 mil novos empregos formais.

O líder da oposição, deputado Élio Rusch, criticou a postura do governador. "O Requião está no cargo há mais de sete anos. Ele teve tempo suficiente para corrigir o que estaria errado, mas deixou a desejar. Mesmo colhendo os frutos da industrialização promovida pelo governo anterior ele não soube como administrar o Paraná", afirmou Rusch, citando como exemplo a instalação de indústrias automobilísticas no Paraná, cujo reflexo positivo pode ser notado na atual gestão. Foi durante o governo Requião que acabou o período de carência para o recolhimento do ICMS concedido como incentivo às empresas. Também houve um aumento considerável nas exportações de veículos pelo Porto de Paranaguá, disse Rusch.

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