A crise política voltou a ser tema de discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira. Durante inauguração das obras do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Alagoas, Lula disse estar confiante de que a verdade aparecerá, que não há razão para que o país fique traumatizado e assegurou que os "percalços políticos" vão fortalecer a democracia:
- O país tem seus percalços políticos, não é a primeira vez, nem será a última, e é bom que seja assim, porque isso vai consolidando o processo democrático no nosso país. As mentiras que foram contadas irão aparecer, as verdades que foram ditas vão ser apuradas, e aqueles que tiverem culpa pagarão pelos erros que cometeram. Essa é a lógica natural da política em qualquer lugar do mundo. Não há por que ficarmos mais ou menos traumatizados. Quem mentiu, vai aparecer; quem fez alguma que seja verdadeira, vai aparecer, e a democracia continuará no seu leito natural para fortalecer este país.
O presidente disse também que sua responsabilidade é não deixar a crise afetar a vida dos brasileiros, segundo ele, as maiores vítimas:
- Da minha parte, eu tenho a responsabilidade de cuidar para que qualquer que seja a acusação, qualquer que seja a denúncia, contra quem quer que seja, não prejudique os 186 milhões de brasileiros que no fundo, no fundo, são vítimas quando as coisas não dão certo.
As declarações foram feitas pela manhã em Maceió. Pouco depois das 15h, o presidente desembarcou em Brasília, onde se reuniu, na Granja do Torto, com os ministros do gabinete de crise: Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Ciro Gomes, da Integração Nacional, Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Antonio Palocci, da Fazenda. Também participam da reunião o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, e o porta-voz André Singer. Elefez um balanço positivo da viagem e os ministros apresentaram um relato do quadro político, de acordo com a assessoria do Planalto. Em seguida, Lula participou de reunião com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, Dilma Rousseff, e o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. O presidente passa o fim de semana em São Paulo.
Ainda em Maceió, Lula disse também que sua responsabilidade sobre as denúncias é garantir a estabilidade política para evitar que a população seja vítima das "coisas que não dão certo".
Durante a solenidade, o governador Ronaldo Lessa (PDT) fez sérias críticas à política econômica e encaminhou o pleito dos agricultores contra as altas de juros. Lula respondeu que essa política é que esta garantindo o desenvolvimento econômico do Brasil e o crescimento da oferta de empregos. Em quatro momentos do discurso, o presidente fez comparação de seu governo com o anterior. As ações sociais também foram citadas pelo presidente, como os programas Bolsa Família, Luz para Todos, Universidade para Todos (ProUni) e de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
- Apesar das coisas que se falam ou que se escrevem, eu acho que não há momento na história política e econômica do país como o que a gente está vivendo, com um conjunto de fatores positivos na economia - disse.
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