O protesto contra o governo Dilma e o PT reuniu 10 mil pessoas neste domingo (16), na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, segundo a Polícia Militar, e 20 mil, segundo os organizadores. Em rápida passagem pelo local, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu o fortalecimento das instituições e disse que “não importa o tamanho da manifestação, porque a indignação hoje é enorme”. O tucano chegou a ser carregado e chamado de presidente por parte dos manifestantes.
Líder do MBL ironiza tucano
Kim Kataguiri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre, além de pedir o Fora Dilma, diz que outro grande alvo do dia é o senador Renan Calheiros, presidente do Senado. “Vamos pressionar para desfazer esse acordo do Renan com o governo”. O ativista ironizou o fato do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, ter subido em um carro do MBL em Belo Horizonte.
“Aécio subiu no nosso caminhão em Belo Horizonte. Como pode? Xingamos tanto ele..O MBL fez criticas ao PSDB nas redes sociais depois que o partido recuou da estratégia do impeachment. “O TSE pode demorar anos, o TCU está se arrastando. O impeachment é mais rápido”, disse.
Kataguiri disse que espera reunir hoje um milhão de pessoas em todo o Brasil. “Nossa projeção é de que seja maior que o último, mas menor que a primeira manifestação do ano”, destacou.
“O Brasil vai encontrar o seu caminho pela força de sua gente, pelas manifestações que estão ocorrendo por toda a parte. Não importa o tamanho da manifestação, porque a indignação hoje é enorme, maior que na época das eleições, mas o Brasil é mais forte que tudo isso. Não sei se esse governo consegue superar”, avaliou durante entrevista à imprensa.
Aécio cobrou do Tribunal de Contas da União (TCU) isenção na análise das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. Preocupado em não “partidarizar” a sua primeira aparição nas ruas para engrossar os protestos contra o governo Dilma Rousseff e o PT, o tucano disse que os tribunais não podem sofrer constrangimento do governo federal.
“Estou aqui para fazer um brado das instituições. Não podemos permitir que os nossos tribunais sejam, de alguma forma, constrangidos pelo governo federal. Façam o que tem que fazer, julguem com isenção”, afirmou.
Alinhado com as várias bandeiras levantadas pelos manifestantes, o senador tucano citou uma série de motivos que o fizeram sair às ruas, entre eles “a mentira, a incompetência, a inflação, o desemprego e os juros”. “Estou aqui como cidadão brasileiro. Temos hoje um país cidadão, onde as pessoas se julgam no direito e no dever de participar de seu próprio destino. Venho aqui como cidadão indignado”, disse.
Aécio focou seu discurso na corrupção que, segundo ele, é o motivo para a indignação dos brasileiros e o combustível para as manifestações.
“O Brasil vai encontrar o seu caminho pela força de sua gente, pelas manifestações que estão ocorrendo por toda a parte. Não importa o tamanho da manifestação, porque a indignação hoje é enorme, maior que na época das eleições, mas o Brasil é mais forte que tudo isso. Não sei se esse governo consegue superar”, avaliou.
Os organizadores da manifestação levaram um carro de som para a Praça da Liberdade. Para os manifestantes, Aécio optou por um pronunciamento curto, onde exaltou a participação das pessoas nos protestos. “O país despertou. Chega de corrupção. Meu partido é o Brasil — declarou, antes de percorrer o entorno da Praça da Liberdade, cercado por aliados.”
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