O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta quarta-feira (2) a necessidade de o Congresso Nacional aprovar o projeto de reforma eleitoral. A manifestação do senador foi feita durante discurso na sessão de abertura dos trabalhos do Legislativo, nesta tarde, em Brasília.
"A reforma política, sobretuto a reforma do nosso sistema eleitoral, precisa ser feita com urgência", defendeu Sarney, que discursou depois da presidente Dilma Rousseff e dos presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso; do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski; e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).
Sarney também afirmou que o Congresso vai tomar medidas para auxiliar na erradicação da pobreza, compromisso assumido pela presidente Dilma Rousseff, em sua mensagem ao Congresso como uma das principais metas dos quatro anos de governo.
"Não podemos protelar a reforma eleitoral, com o fim do voto proporcional. Vamos também concluir a reforma do Judiciário e tomar as medidas para erradicar a pobreza e a miséria, que é obsessão do seu governo [Dilma].", afirmou.
Sarney ainda defendeu mudanças na lei que possibilita a edição de medidas provisórias pelo Executivo. Segundo o senador, as medidas em excesso acabam atrapalhando os trabalhos do Legislativo.
"Precisamos resolver o grave problema das medidas provisórias, com constantes bloqueios das nossas pautas. É uma das nossas mais urgentes tarefas, propor que as medidas provisóras sejm reduzidas".
Sarney fez um discurso de mais de 20 minutos, recordando momentos importantes do Legislativo, e a necessidade de independência entre os três poderes. Durante sua fala, o presidente do Senado chamou por duas vezes a presidente Dilma Rousseff de ministra, uma referência ao período em que Dilma atuou como ministra do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Logo depois, Sarney corrigiu o termo e chamou Dilma de presidente.
Marco Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que discursou antes de Sarney, disse se sentir feliz por perceber que as prioridades da Casa coincidem com as enumeradas pela presidente Dilma Rousseff, especialmente as de erradicação da pobreza e de combate ao crack.
Maia também defendeu a aprovação das reformas política e tributária. "As suas palavras já produziram eco; quando disse que as reformas política e tributária são suas prioridades, a resposta foi imediata, porque esse também é o sentimento deste Parlamento", afirmou.
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