O governador Beto Richa reclamou, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (3) em Cascavel, no Oeste, da mudança feita na ordem dos discursos em um cerimonial de entrega de casas financiadas pela Caixa Econômica Federal no último final de semana em Umuarama, no Noroeste. Ele deveria ser o último a discursar, mas o cerimonial, organizado pela Caixa, foi alterado e quem encerrou os pronunciamentos foi a então ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), pré-candidata ao governo do Paraná. Na oportunidade, a petista criticou durante o preço da proposta de pedágio na PR-323, entre Maringá e Iporã. Na sequência, assessores de Richa pediram direito de resposta na cerimônia, mas não tiveram sucesso.
Desde meados do ano passado Richa e Gleisi trocam farpas e o episódio de Umuarama foi mais um, mas evidenciam a antecipação da campanha eleitoral. "Ela falou por último. Não tive condições de responder às críticas pesadas, extremamente agressivas, ela mudou até o tom do rosto dizendo que faltavam projetos", declarou. Na sequência reclamou da não inclusão do Paraná no programa Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste).
As críticas feitas por Gleisi aos valores das tarifas de pedágio foram rebatidas nesta segunda-feira pelo governador. Ele fez questão de lembrar que da tarifa 20% são referentes a impostos federais. "Estão preocupados, façam o favor, desonerem os tributos federais e vamos abaixar 20% a tarifa de pedágio de todo o Paraná", disse.
Richa negou que tenha criticado a ex-ministra em seu discurso no final de smeana, disse que apenas falou da falta de investimentos em infraestrutura por parte do governo federal e pediu apoio aos deputados presentes para conseguir desbloquear os R$ 817 milhões do Proinveste. "E a ministra se ofendeu, até porque deve ter culpa no cartório porque é o ministério político [Casa Civil] mais importante, onde as decisões políticas são tomadas", observou.
As declarações de Richa foram feitas no Show Rural Coopavel, um dos maiores eventos tecnológicos do agronegócio brasileiro. Gleisi Hoffmann, que retoma sua cadeira no Senado, estará no mesmo evento na próxima quinta-feira (6).
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