Manifestantes durante ato em apoio a presidente Dilma nesta quinta (20) em São Paulo.| Foto: Nacho Doce/Reuters

A PM paulista tratou de maneira diferente em suas redes sociais a passeata do último domingo (16 ), que pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), e a desta quinta-feira (20), que defendia a presidente.

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No domingo, o Facebook oficial da corporação tocou no assunto pela primeira vez às 15h12, com a seguinte postagem acompanhada de algumas fotos: “Boa tarde! Ocorrendo agora manifestação na Paulista. Tudo muito, muito tranquilo. Acompanhe em tempo real a manifestação na Paulista no Twitter da Polícia Militar: @pmesp”. As redes sociais da PM são abastecidas por policiais militares, e não por uma assessoria de comunicação.

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A cobertura no microblog não foi grande – quatro postagens, informando que o ambiente era tranquilo e que a corporação divulgaria a contagem dos manifestantes via assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), além de uma foto.

De volta ao Facebook, a corporação citou os protestos mesmo ao dar outra notícia – no caso, a de policiais que ajudaram num parto na zona norte de São Paulo.

Às 17h23, o perfil iniciou o relato do fato com a frase “Enquanto policiais militares GARANTEM A DEMOCRACIA NAS MANIFESTAÇÕES, outros realizam um PARTO [ASSISTÊNCIA]”, em caixa alta.

As postagens foram acompanhadas de imagens do ato – algumas delas mostravam manifestantes posando para fotos ao lado de policiais.

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À noite, o perfil da corporação postou “Boa noite. Missão cumprida!”. A foto de uma família com soldados da tropa de choque acompanhava o texto.

Já no ato desta quinta-feira (20), não houve nenhuma postagem no Facebook da corporação. As únicas menções nas redes sociais da PM ao protesto foi via Twitter, relacionadas ao trânsito e ao número de participantes.

Por volta das 21h20, a corporação informou que a av. Rebouças estava em processo de liberação. Na sequência, tuitou que a via estava liberada, e posteriormente disse que contabilizou 40 mil pessoas no ato, acompanhada de uma foto de uma tela com imagens do protesto.

Procurada, a Polícia Militar afirmou que fotos e vídeos publicados nas suas redes sociais são enviados por internautas, “que dialogam conosco mandando sugestões de publicações”. Segundo a PM, nas manifestações desta quinta não houve sugestões de internautas para publicação.