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O presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), negou que a eleição de Maurício Requião para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado tenha sido feita no afogadilho e de forma irregular. De acordo com a decisão do STF, os deputados teriam desrespeitado o prazo para inscrição de candidatos ao cargo, mas Justus assegurou ontem que todos os prazos foram cumpridos "rigorosamente". O deputado também discordou do entendimento do STF de que a votação aberta feriu a Constituição. Segundo Justus, o voto secreto foi extinto pelos deputados do Paraná por meio de uma emenda à Constituição Estadual.A proposta de emenda à Constituição proibindo o voto secreto foi apresentada pelo próprio Justus, no fim de 2006 e aprovada por unanimidade. "Estamos na maior tranquilidade porque cumprimos nosso papel. A Assembleia agiu dentro da lei", disse.Os governistas também saíram em defesa da Assembleia e do irmão do governador Roberto Requião (PMDB). Para o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), o STF fez um julgamento político. "É uma afronta à Assembleia porque tudo foi feito às claras. Acabamos com o entulho do voto secreto, tivemos um avanço na transparência e o STF diz outra coisa", afirmou.Outro erro do Supremo, segundo Romanelli, foi se basear na Súmula Vinculante 13, que proibe o nepotismo, mas nem estava em vigor na época em que Maurício Requião foi eleito. A eleição do irmão de Requião já havia sido questionada pela oposição, que entrou com ações na Justiça para barrar a escolha argumentando que os prazos não teriam sido cumpridos. "Alertamos sobre o risco de anulação da votação, mas a Justiça do Paraná negou liminar e agora está vendo que a oposição estava coberta de razão", disse Valdir Rossoni (PSDB), líder da bancada na época. A decisão do STF acendeu a discussão sobre as vantagens do voto secreto em determinadas votações. Alguns deputados defenderam o fim do voto aberto nas eleições para conselheiros para evitar pressões políticas.

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