• Carregando...

O Comando do Exército divulgou ordem do dia nesta sexta-feira lembrando o 31 de março, data do golpe militar de 1964. A nota, assinada pelo general Francisco Albuquerque, afirma que a data "é memória, dignificado à época pelo incontestável apoio popular, e une-se, vigorosamente, aos demais acontecimentos vividos, para alicerçar, em cada brasileiro, a construção perene de que preservar a democracia é dever nacional".

Diz ainda o comandante que "este Exército, o seu Exército, orgulha-se do passado, porque nele os valores e postulados da instituição, que se confundem com os da própria nação brasileira, nasceram e se consolidaram". Em outro trecho, afirma o general, "esse Exército, o seu Exército considera que esse passado pertence à História e volta-se para o futuro trabalhando pelo desenvolvimento nacional".

O novo ministro da Defesa, Waldir Pires, evitou polemizar com o comandante do Exército.

- Não tenho nada a contestar de quem porventura interprete os fatos dessa forma. Eu respeito a opinião de cada um. O que temos que garantir com as Forças Armadas é a soberania.

Waldir Pires assume a pasta justamente na data do aniversário do golpe, que lhe obrigou a passar seis anos no exílio no Uruguai e na França entre 64 e 70. Um dos mais leais colaboradores de João Goulart, Waldir Pires, hoje com 79 anos, era consultor geral da República quando os militares derrubaram Jango. Confiante de que manterá um bom relacionamento com as Forças Armadas, Waldir Pires diz que "as magoas não ajudam, não contribuem para a consolidação da democracia".

- Estou indo para o Ministério para consolidação da democracia brasileira. É um ministério que tem um trabalho de articulação com a sociedade e tem uma história de manutenção da soberania. Creio no relacionamento harmônico no ministério - afirma o ministro.

Questionado sobre a suposta carteirada dada por Albuquerque para embarcar num vôo da TAM, o ministro disse que o comandante afirma não ter usado do cargo no episódio.

- Há diversas informações de que ele não determinou isso. Não sei o que existe na Defesa, agora, o comandante negou que tivesse feito isso.

O general Francisco de Albuquerque se viu envolvido numa polêmica recentemente quando fez voltar em Campinas, um avião da TAM, que já iniciava procedimento de decolagem rumo a Brasília. Ele e a mulher embarcaram quando dois passageiros cederam o lugar.

Leia também:

Confira a íntegra da nota do Exército sobre o golpe militar de 31 de março

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]