A presidente afastada Dilma Rousseff e a ex-ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello disseram a internautas no Facebook que o governo interino, de Michel Temer, poderá cortar 95% do programa ‘numa canetada só”. Com isso, argumenta Dilma, “a cada 30 minutos, 22 crianças deixariam de frequentar a escola”.
Respondendo a um questionamento de Mia Vargas, Dilma e Campello repetiram o argumento que a presidente afastada já vinha afirmando em seus últimos discursos no Planalto: Temer pode restringir o Bolsa Família a 5% dos beneficiários.
Na última terça-feira, o novo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, disse ao jornal O Globo que projeta um desligamento de no máximo 10% dos beneficiários.
“Eles têm falado muito em cortar benefícios. Com o Bolsa Família, falam de cortar de 10% a 30%. Isso significa de 4,7 milhões até 13 milhões de pessoas. Veja, Mia, eles falaram até em deixar só 5% das pessoas, ou seja, só 10 milhões de pessoas no Bolsa Família. Sabe o que isso significa, Mia? Iriam tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família numa canetada só. O pior de tudo é que o Bolsa Família foi feito para proteger as crianças mais pobres do nosso País e cortá-lo para 5% tiraria da proteção do Bolsa Família 16 milhões de crianças”, escreveram Dilma e Tereza Campello.
A presidente afastada e a ex-chefe do Desenvolvimento Social alertaram o usuário Weslly Guimarães para uma suposta “situação catastrófica”, na qual “a cada 30 minutos, 22 crianças deixariam de frequentar a escola”, por causa de medidas do governo de Temer.
“Hoje nós temos 17 milhões de crianças e jovens frequentando regularmente a escola graças ao Bolsa Família. Por isso, ficamos muito preocupadas com os cortes que estão previstos para o Bolsa Família. Sabe por quê? Porque se o programa for ‘focado’ em apenas 5% vamos ter a seguinte situação catastrófica: a cada 30 minutos, 22 crianças deixariam de frequentar a escola. Um abraço”, afirmaram.
Nesta quarta-feira, Tereza Campello recebeu aval da Comissão Ética Pública da Presidência para obter quarentena. Ou seja, receberá salário integral de R$ 30,9 mil por seis meses e não poderá trabalhar nesse período, para evitar conflito de interesses ou uso de informações estratégicas.
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