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A candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) contou com palavras de apoio da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro da Justiça, Tarso Genro, no horário eleitoral gratuito desta quarta-feira (15). A petista também aproveitou para inverter as críticas à criação de taxas durante a sua gestão - que lhe valeu o apelido de "Martaxa" - e lançou o "Taxab".

Segundo a candidata ninguém aumentou os tributos para os paulistanos tanto quanto o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM). Na semana passada, a petista questionou no rádio e na TV a vida pessoal do adversário o que gerou uma reação negativa até mesmo dentro de seu partido. Em inserções de 30 segundos, a campanha petista perguntava ao eleitor: "Você conhece Kassab? Sabe se ele é casado? Tem filhos?" A Justiça concedeu direito de resposta a Kassab e o próprio PT havia decidido que não há usaria mais. O presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu criticaram o estilo da campanha de Marta.

O candidato do DEM também aproveitou para alfinetar a ex-prefeita. Kassab citou matéria do jornal O Estado de S. Paulo de 29 de novembro de 2004, que fala sobre a viagem de Marta a Paris, durante férias de 10 dias, um mês antes do fim do seu mandato. Segundo a campanha do prefeito, enquanto os paulistanos enfrentavam as enchentes na cidade, a petista passeava pela capital francesa.

Na campanha de Marta, é utilizada uma fala de Dilma, provavelmente durante um comício. "Viva a Marta! Vamos chegar à vitória no dia 26", disse a ministra. Já o ministro da Justiça afirma que tem a sensação de uma grande virada e de "uma grande vitória para São Paulo e para o Brasil". Na terça-feira (14), Marta contou com o apoio do presidente Lula, que ressaltou as diferenças nas biografias e trajetórias da petista e de Kassab.

Para justificar o novo apelido de "Taxab", a campanha de Marta afirmou que em 2006 Kassab passou a cobrar 2% de Imposto Sobre Serviços (ISS) para autônomos e aumentou em 70% o imposto que se paga na venda de imóveis. "A média do IPTU saltou de R$ 235 para R$ 264, a mais alta do Brasil. A média anual de impostos paga por cada paulistano passou de R$ 648 para R$ 864 em quatro anos, já descontada a inflação. E pode vir mais por ai com a cobrança de pedágio (urbano)", afirmou o locutor.

Kassab aproveitou o Dia do Professor (15 de outubro) para afirmar que foi o primeiro prefeito em oito anos a dar aumento real de salário para esses profissionais. "O reajuste foi maior que a inflação e superou até o índice das escolas particulares", afirmou o candidato, que prometeu acabar com a falta de vaga nas creches.

Escolas de lata

Marta voltou a citar a parceria do atual prefeito com Celso Pitta e lhe atribuir a responsabilidade pela criação das escolas de lata. "Essas escolas não foram criadas na época do Pitta? E o Kassab não era secretário do Pitta, homem de confiança? Então ele diz que resolveu um problema que ajudou a criar", diz o locutor. Kassab, em sua campanha, afirma que acabou com as escolas e salas de lata, coisa que sua antecessora não fez. O candidato do DEM acusa Marta de ter investido na construção de Centros Educacionais Unificados (CEUs) enquanto crianças continuavam estudando em espaços precários.

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